Pecuarista, você sabe quais forrageiras escolher para sua propriedade?

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Pecuarista, se você tem dúvidas sobre quais forrageiras plantar em sua propriedade para ter boa produtividade e rentabilidade, continue a leitura deste artigo até o final e descubra. Um dos fatores mais importantes para quem produz gado de corte é garantir uma boa pastagem. Mas para isso acontecer, você precisa realizar um bom planejamento e seguir a execução conforme as recomendações, não é mesmo? 

 

Então, lembre-se que o seu planejamento da sua lavoura deve iniciar pelas metas a serem alcançadas, como por exemplo: ganho de peso, geração de bezerros, aumento de produtividade da safra seguinte, mitigação de pragas e doenças, incorporação de matéria orgânica, maior sustentabilidade da produção etc.

 

Outros fatores também importam muito em seu planejamento, como saber se você vai formar pasto para cria, recria e engorda, ou apenas para uma ou outra combinação dessas fases. Ou, ainda, se você quer forrageira de cobertura com boi safrinha para voltar a usar a área com lavoura no ciclo seguinte.

 

Se sua escolha for um pasto de qualidade, saiba que a primeira coisa a se fazer é ter uma boa análise de solo para verificar se será necessário realizar a reposição de nutrientes. Se for esse o caso, você tem que se planejar para efetuar o preparo do solo ainda no período que antecede as chuvas.

 

Uma vez feito isso, a escolha recai entre forrageiras de baixa/média ou média/alta exigência em fertilizantes. Cada uma tem sua posição na propriedade e nunca é bom ter apenas um tipo de pasto, pois os extremos climáticos e suas consequências em termos de pragas e doenças e tolerância a excesso e falta de chuvas podem ter consequências sérias na produção animal.

 

Uma fazenda normalmente possui diferentes tipos de solo e, por isso, a escolha de braquiárias ou andropogon para áreas menos férteis e os capins Panicum e elefante para áreas mais férteis, faz todo o sentido. Essa diversidade de pastos permite a colocação de diferentes categorias de animais nos mais variados tipos de pastos. Vacas em terço final de gestação e novilhos em engorda merecem os melhores pastos. Já touros e vacas secas podem ficar nos pastos mais fracos, por exemplo.

 

Você conhece o aplicativo PastoCerto?

Se ainda não utilizou, passe a usá-lo como uma ferramenta tecnológica que vai expandir seus horizontes. Nele, você encontra as principais forrageiras disponíveis no mercado brasileiro, bem como todas as suas recomendações de uso, manejo, adubação, pragas e doenças e a descrição das qualidades e limitações das diferentes cultivares.

 

Ao responder as oito perguntas iniciais, o aplicativo vai oferecer sugestões sobre as cultivares mais adaptadas às suas metas, além de auxiliá-lo inclusive a calcular a quantidade de sementes a ser adquirida com base no valor cultural da semente presente no termo de conformidade. Lembre-se de sempre perguntar ao vendedor sobre a pureza e a germinação da semente das cultivares que você pretende comprar.

 

Essas informações são muito importantes, especialmente ao adquirir sementes certificadas, pois começar certo faz toda a diferença para o sucesso da jornada. Antes de adquirir a semente, consulte um produtor associado da Unipasto. Só ele comercializa as cultivares BRS, as quais são produzidas em parceria com a Embrapa, atestando a qualidade e idoneidade do que prometem.

 

Se você faz cria, recomenda-se ter pastos de Andropogon BRS Sarandi, uma vez que são excelentes para o desmame de bezerros e condicionamento das vacas para entrar em reprodução novamente. A BRS Tamani é também uma excelente opção em solos de maior fertilidade. Em áreas mais úmidas e sujeitas a alagamento temporário, recomenda-se o uso da Brachiaria humidicola consorciada com amendoim forrageiro (BRS Mandobi e BRS Oquira) cujo plantio é por mudas.  

 

Já para a recria e engorda será necessário ter pastos de melhor valor nutritivo e produtividade, como os de BRS Zuri, BRS Quênia de Panicum maximum, BRS Kurumi de capim elefante, ou BRS Xaraés, BRS Ipyporã de Brachiaria brizantha. Essas pastagens devem ser preferencialmente usadas com pastejo rotativo e requerem adubação de reposição após a saída dos animais. É muito importante observar as alturas de entrada e saída dos animais para obter o máximo do potencial de cada uma dessas cultivares.

 

Para ter pastos ainda vegetativos no início da seca, com bom valor nutritivo, pode-se usar a BRS Paiaguás ou BRS Piatã que florescem cedo no verão e entram vegetativas no outono/inverno. Pastos consorciados de gramíneas com estilosantes são excelentes opções para um ganho adicional aos pastos de gramínea pura. E áreas de estilosantes puras podem ser usadas como banco de proteína para complementar a pastagem de gramínea. Para capineiras, o BRS Capiaçu de capim elefante tem larga utilização com muito sucesso.

 

Já se o seu foco é cobertura do solo durante a estação de menor precipitação, a BRS Integra de Brachiaria ruziziensis é uma excelente escolha, pois cobre o solo rapidamente, fornece excelente forragem para o boi safrinha e forma uma boa camada de matéria orgânica para o plantio direto na safra seguinte. Isso sem falar na cabeleira de raízes que ela produz, facilitando a penetração de água e favorecendo a biota do solo.

Com base nessas recomendações, amigo produtor, as opções de escolha são muitas, mas faça a sua com apoio da ciência e tecnologia gerada pela Embrapa, usando o PastoCerto e os associados da Unipasto.

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